sábado, 30 de maio de 2009

*HOJE*

"A lua aparece ................... o dia escurece

Vejo anjos de asas cortadas

Tanto chão

Tanta terra

Tanto nada

A lua aparece ............ o dia escurece

Vejo anjos de asas cortadas

Pouco céu

Pouco véu

Pouco mel

Hoje quero voar bem alto

Quero ficar bem longe do asfalto

Quero toda minha liberdade

Chega de ansiedade

Nada de trabalho

Ser 'escravo    '?Um 'caralho'

Quero a felicidade

Não vou esperar ter mais idade

O 'HOJE' é minha verdade

O 'passado' só traz boas lembranças

E do 'futuro' só resta à esperança

Mas o 'HOJE' é a minha dança...

Uma dança sem marcação

Uma dança com ação

Fluindo na contramão

Da lógica

Da semiótica

Uma dança:

Sem compasso

Sem espaço

Danço a 'dança da vida'

Sem ida

Sem saída

O 'HOJE' é a felicidade

Pois esta tem validade

HOJE voarei bem longe

Onde o infinito se esconde

Nas águas irei dançar

Na natureza morar

Para ninguém me achar..."

 

(Julieta Menezes)

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 19 de maio de 2009

*NASCIMENTO*

"Nasci em uma terra terrestre

E não encantada...

Julieta é meu nome

Menezes meu sobrenome

Pergunte-me:

Como nasceu o nome?

Minha avó materna era Julia

E a paterna Marieta.

JULI + ETA = JULIETA

Na terra terrestre

Sou professora!

Na terra encantada

Sou escritora!

Em um casulo me mantive

Sempre fechada...

E do mundo

Nada esperava...

Na infância subia em árvores

Brincava de boneca...

Adorava escrever

Tirando uma soneca...

Meus cabelos armados

Me fazia diferente...

Nunca se viu uma 'menina branca'

Sem pente... hahaha

Meu passa-tempo era estudar

Pois tinha por obrigação brincar!

Brincava com <meninos>

Brincava com< meninas>

Brincava <sozinha>

Não seguia nenhuma linha

Brincar era a minha!

Hoje este mundo está distante

As recordações moram em minha estante.

A adolescência foi de muito anseio

Me sentia feia e com seio.

Sangue saia de mim

Não entendia porque era assim.

A terra que antes era encantada

Agora se tornava terrestre

Me olhava no espelho

E via um extraterrestre!

Quantas dúvidas...

Quantos questionamentos...

Comecei a escrever

Não para passar o tempo.

Estava deixando registrado

Meus sentimentos...

A beleza estava em mim

E eu não via...

Que a diferença eu assumia.

Chamavam de exótico

Tudo que fugia do estereótipo.

Quanto mais tinha idade

Mais buscava minha identidade.

Hoje ainda estou em crescimento

Coleciono amadurecimento.

Minha estrada é de chão

Meu suor brota como grão. 

Vivo a minha vida

Não estou à procura de saída.

Quero me perder...

Quero me encontrar...

Vivo a minha história

Luto pela vitória

Quero me arrepender...

Quero me lamentar...

Na terra terrestre

Sou professora!

Na terra encantada

Sou escritora!"

(Julieta Menezes)

     

     

 

quinta-feira, 7 de maio de 2009

*FRAGMENTOS DO ::DIÁRIO AMARGO::*

 

...quero sorrir com amor

Que o sábado chegue com sabor

E com muito calor...

...o sol amanhã no céu vai estar

E nos grãos de areia irei pisar

No mar encontrarei Yemanjá

E no infinito irei nadar...

Diz para mim

O que eu preciso?

...sou o segredo

Não me confundam

Com um brinquedo

Pois hoje não sinto medo

Não dormirei tão cedo...

::Transpiro vontade::

::Olhos de verdade::

::Coração sem idade::

...não gosto de metade

Só de saudade...

...volto da não saída

Passado sem ida

Respiro a vida...

...olhos que fecham

Sonhos que libertam..."

 

Obs: *DIÁRIO AMARGO* é o meu único escrito que tem início, mas não tem fim, os 'fragmentos' são infinitos...

 

JULIETA MENEZES