sábado, 31 de outubro de 2009

*CONCRET JUNGLE* (TRADUÇÃO)

 

Primeira trilha da 'Intervenção Urbana', sinceramente não imaginava outra música para expressar através da dança meu sentimento em relação ao caos urbano que vivemos hoje...

É inspirada na letra de Bob Marley, cantada por minha amiga Carol, que surge o projeto "Intervenção urbana", no qual grito corporalmente todos os fantasmas que transitam nesta selva de concreto...

 

 

*Selva de Concreto*

Nenhum sol vai brilhar no meu dia hoje

A alta lua amarelada não sairá pra brincar

A escuridão tem coberto minha luz

E transformou meu dia em noite

Agora onde o amor está?

E pode ser encontrado?

Alguém vai me contar?

Pois a vida, doce vida, deve estar em algum lugar para ser encontrada

Ao invés de selva de concreto onde viver é tão mais difícil!

 
 
 

Selva de concreto,

Cara, você tem de dar tudo de si

Mesmo sem correntes nos pés,

Não estou livre...

Sei que estou aqui preso em cativeiro

Jamais conheci a felicidade

Nunca soube o que é uma doce carícia

Vou sempre gargalhar como um palhaço

Ninguém vai me socorrer por que

Devo me erguer sozinho deste chão

Nesta selva de concreto

Eu digo o que você tem agora para mim?

Selva de concreto,

Ah porque você não me deixa SER agora...

 
 
 
 
 
 
 

(BOB MARLEY)

 

domingo, 18 de outubro de 2009

*MADRUGADA*

 

"Entro madrugada adentro
as horas vão se passando,
mas não quero dormir

Eles estão todos aqui
uma grande reunião de sentimentos
resolveram vir todos de uma vez só

Como é possível as lágrimas rolarem de tristeza e de alegria,
de claridade e de escuridão,
de culpa e de compreensão,
de medo e de esperança...

Quero gritar
um grito silencioso...
pois, que ouvido irá compreender
o que este coração enlouquecido
clama...
anseia...
pelo socorro
que parece estar em nenhum lugar...

Olha para todos os lados
mas a solidão prevalece
ao ver que ninguém pode ouvir
todos estão tão longe...

Não posso dormir
não quero acordar dentro do mesmo vazio
repetindo as mesmas coisas
quero morrer e renascer a cada dia

Não posso dormir
tenho receio de me acalmar
de não mais sentir esta loucura
de acordar e continuar dormindo
como todos que vivem aquela mesma coisa repetida, sem vida
como máquinas direcionadas por um sistema...inconscientes...

Não, não quero dormir!
eles estão todos aqui
não posso deixá-los ir
acordados na hora em que o corpo iria dormir
este, que agora tratará de agüentar
esses visitantes barulhentos
que desarrumam toda a casa

Os olhos a inundar todo o corpo
o corpo a se arrastar pelo chão
e o peito, quase sem respiração...
tocando fogo...
queima...
queima...
....o sol já vai chegar!"

 

(Caroline Prudente)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

*SILÊNCIO*

Poesia escrita em Dezembro de 2008

 

" Sofro o sofrido

Sofrido do silêncio

 

 

Silêncio das palavras tuas

 

Ausência dos seus pensamentos

 

Sofro com violência

 

Me espanco sozinha

 

Me reparto ao meio

 

E o meio divido em pedaços

 

Me isolo

 

Me ignoro

 

Sofro sem preço

 

Hoje me entristeço

 

 

Sofro o sofrimento

 

Sofrido do silêncio

 

 

O sol se apagou

 

A lua derramou

 

Sentimentos

 

Momentos

 

Sentimentos

 

Movimentos

 

Te espero

 

Te ilumino

 

Te entristeço

 

Te reconheço

 

Te abraço

 

Sem amasso

 

Te amo

 

Sem aclamo

 

 

Sofro o sofrido

 

Sofrido do silêncio

 

 

Sofro o sofrimento

 

Choro neste momento

 

Sofro o perdido

 

Atiro-me no abismo

 

Esqueço-me por enquanto

 

Choro aos prantos

 

Sofro

 

Reconheço

 

Silêncio

 

Momento

 

Calo

 

Isolo

 

Durmo

 

Assusto

 

 

Sofro o sofrido

 

Sofrido do silêncio."

 

 

(Julieta Menezes)