terça-feira, 17 de março de 2009

*ASSALTO*(14/03/2009)

"Hoje eu fui assaltada,

não gosto desta palavra,

é conveniente demais para o meu sentimento de hoje...

Quem inventou esta palavra

estava equivocada...

Na verdade eu fui foi roubada,

Me sentir esvaziada

Não levaram somente a minha identidade

Mas todas as minhas verdades...

Não foram sós os documentos,

Mas literalmente meus pensamentos...

Roubou minha semana,

minha tranqüilidade,

meu sossego,

minha inspiração ...

junto com toda respiração...

Levaram embora minha ausência de questionamentos,

minha ingenuidade,

leveza e coragem,

estou sentindo o chão,

nunca fiquei tão próxima da contramão,

nem sei o que dizer nem o que pensar,

só queria o tempo parar...

Meus pertences não tenho pretensão de resgatar,

já as minhas certezas quero novamente poder sonhar,

No labirinto não alcanço a reta e a curva

está ainda mais incerta,

tenho medo de dormir,

fechar ou abrir?

Não sei.

Hoje ficarei por aqui...

Já prestei a queixa,

mas o que ele me deixa?

A certeza que vivo no caos,

não quero ficar a vida toda subindo degraus...

Hoje ficarei por aqui...

Mas tudo que mais quero é :

Partir...

Sair...

Amanhã sei que aqui não mais estarei

O universo simples 'eu' serei,

E neste acontecimento não mais pensarei..." (Julieta Menezes)

 

Obs: Este texto não é uma invenção, muito menos uma ficção, realmente fui assaltada e tudo que escrevo é sentido, vivido e escrito.

Alguns estão aqui, outros estarão por vim e ainda muitos guardo só pra mim...

10 comentários:

  1. O que falar diante dessas palavras??! Não sei!! Estou perplexa c/ tamanha intensidade do texto. Provoca uma mistura de sentimentos e uma reflexão acerca da palavra 'assaltada' que pode ser compreendida de diversas maneiras.

    Um bjo linda!

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  2. Ju, o seu blog é pura "reflexão".
    Eu estou adorando por você compatilhar os teus pensamentos!!!
    Se for possível coloque aqui aquela mensagem que vc falou para os formandos no dia da colação de grau. Adorei aquela mensagem !!!

    PARABÉNS POR ESSE TALENTO !!!!

    Um abraço!!!
    Márcia

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  3. Oi prof Ju como sempre adorei mais esse pensamento, afinal nao deixo um dia de passar por aqui pra sempre ver uma novidade, e se eu tivesse mais tempo coisa q nao tenho passaria mais por aqui,pq em qualquer estado emocional que eu esteja, suas palavras fazem muito bem pra minha alma e pro meu coraçao.Vc tem um dom raro e magnifico, e atraves de suas palavras ajudam muitas pessoas.Vlw por isso ta.Bjs MARAVILHOSA PALMAS PRA ELA KKKKKKK
    ALE - ALUNA

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  4. Oi profª,
    situação revoltante msm,so em pensar q naquele dia te vi de bike e fiz o msm percuso para voltar pra casa,poderia ter sido cmg,infelizmente foi coisa do acaso, mas o bom é que de uma situação ruim vc consegue tirar uma coisa boa, que são suas palavras sobre seus pensamentos, acontecimentos e desabafos. Adoro seu blog,sempre leio mais nunca tive coragem de comentar. Bom final de semana!Bjos!!!
    Daianne

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  5. Prof! Como já virou mania minha hehe, coloco a parte que eu mais gostei do seu texto:

    "No labirinto não alcanço a reta
    e a curva está ainda mais incerta"

    E como alcançar??
    Quando acontece algo desse tipo, não só levam as coisas materias ou "objetos de valor", mas o que há de puro dentro da gente. Que atrapalha toda nossa visão de certeza. E o pior de tudo: tiram nossa liberdade! Lamento =/

    Mas seu poder de reflexão tá aí.
    É revoltante seu estado mas ao mesmo tempo eh um alerta que vc dá. E serve pra gente saber que a gente nao vai ta sempre protegido...

    É ruim dizer isso, mas pra alguns, só quando as coisas não dão certo, que os melhores textos, poemas, músicas aparecem...

    Vou lembrar disso.
    Lindas palavras como sempre. Ah Saudade Prof! Bjo

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  6. Aninha, eu sei o quanto o texto nos deixa sem ar, na verdade nem é o texto em si, mas a situação de vazio...Ale 'pink',nossa, que bom vc escrevendo aqui, falo o mesmo para Daianna,não tenham vergonha de escrever, este cantinho é de vcs, sintam-se à vontade sempre, adoro quando vcs escrevem e tb deixam seus sentimentos, por menores linhas que eles tenham, nunca deixarão de ser sentimentos sinceros.Obrigada mesmo.Hiuri??Ainda preciso falar de vc, como sempre destacando as linhas e fazendo os comentários maravilhosos e concordo contigo, as poesias, músicas, danças, acontecem quando sentimos a fundo seja a revolta, a tristeza, a dor ou o amor...

    Beijão em todos, bem no meio do coração, adoro vcs!

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  7. Eu credibilizo que tal fato acontece, no intuito das pessoas se voltarem para três análises.
    1. Porque tal fato aconteceu com ela?
    2. Quais “CONCEITOS” a pessoa vitimada possui sobre bens materiais e sobre a vida?
    3. E o que leva um indivíduo a cometer tal ato?

    Se a partir dessas análises a pessoa ainda não compreendeu, vale pensar mais um pouco. Realmente o difícil é aceitar a situação ou dizer tudo bem não tem jeito realmente lamentável.
    Quais as oportunidades que você tem na vida, e quais são as do outro e porquê ? Será coisas do destino? Será porque corremos atrás e conseguimos com nossos esforços conquistar neste caso os bens q possuímos, e vem o outro o dito “vagabundo” e leva assim do nada o que conquistamos. Hum sei lá isso é muito bonitinho para mim.
    “ ...amanhã sei que aqui não mais estarei ...” Diante dessa passagem pergunto e quando partir o q será que eu aprendi? E quando partir o que será que compreendi?? São tantas coisas a serem analisadas e o mais bacana POR DIFERENTES ÂNGULOS.
    Por isso, hoje percebo que um século de vida me parece pouco, ai sim é lamentável :D
    Os fatos nos fornecem uma evolução no ser, estejamos atentos.
    Seus temas pegam fogooooo Ju adoro-os, a cada postagem a vontade de refletir mais :)
    Belo jogo nas idéias, fica aqui o meu AbraçooooooooooooO!

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  8. Professora,
    a coisa que mais me impressionou nesses comentários foi que nenhum perguntou se a Sra. foi agredida, se a senhora está bem.
    Ninguém se preocupou com os teus sentimentos
    que são raros. Mas são tão raos que só os raros
    podem sentí-los.
    O resto é multidão,
    multidão,
    multidão,
    multidão,
    gente comum,
    como a Jeniffer, [assim com dois ffs mesmo],
    que não passam de manadas,
    bois sem almas
    carregando suas cangas existenciais e
    se dirigindo ao curral dos já mortos e se dizendo vivos.
    O brilho da Professora Julieta fere.
    Parabéns professora pela coragem, sinceridade,beleza do Ser.
    Que Deus traga harmonia e equiílibrio para o teu hara coração.

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  9. Epalelê! Que rasteira de capoeira rsrsrsr :D
    Nossa jamais possui a intenção de criar um clima hostil neste espaço, mas neste momento não tenho como calar diante da tamanha brutalidade a qual me referiu este “SER ANÔNIMO” do escrito acima. No entanto, tenho o enorme prazer em dizer meu nome é JeniFFer com dois ffs mesmo.
    Afinal de contas será que sabemos realmente o que é um BLOG? Acredito que nele existi liberdade de expressão ou será q não? Pois se existi, não me cabe aqui descascar a fruta, pois a vontade que dá é a de engolir até os caroços, mas esta atitude com certeza me causaria INDIGESTÃO, por isso q não o faço. Eu até achei bunitinho o que ele escreveu ...
    De forma alguma os seguidores deste espaço menosprezam os sentimentos aqui postados como vc os cita, e por sinal vc já os leu literalmente?? Acredito que não, pois se assim tivesse feito jamais escreveria tamanha idiotice, perdoe ao me referir de tal forma, mas está sendo inevitável.
    Que os sentimentos da professora feri, não tenha dúvida. Por isso precisamos ter uma base forte para não despencarmos diante dos temas aqui postados. E com a fortaleza que adquirimos neles, jamais desmoronamos com o que acontece.
    Espero ter ocorrido um mal entendido da sua parte ao ler o meu escrito. Você achou que sou a favor do ladrão? Quanta demagogia não acha? Só procuro analisar os fatos por diferentes ângulos como citei e isso não quer dizer que imponho a você fazer o mesmo.
    Escolha!
    Aos meus amigos seguidores que durante todo este tempo juntos, nunca tiveram tamanha ignorância, o meu abraçO. E a Ju eu nem falo mil abraços.
    E a Deus eu sempre peço um pouco mais de LUZ, para que assim JUNTOS possamos sair dessa escuridão. E a vc ser anônimo eu repenso o valor do CONHECIMENTO e abraço-te também.

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  10. Cyberpsicologia
    Informações para lidar de forma saudável com a Internet e a informática


    Cyberbullying: ofensas e humilhações na Internet

    por Maluh Duprat - psicóloga componente do NPPI





    Cyberbullying: O que poder ser feito? - clique aqui

    Evite exposição excessiva na Internet - "Inclusão no mundo virtual – como no presencial – implica em correr riscos, e é preciso mostrar aos filhos como percorrer seus caminhos" Humilhar, constranger, ofender, perseguir, difamar, machucar. Esses são os ingredientes maléficos que compõe o bullying, expressão inglesa aplicada às escolas para definir o comportamento de crianças e adolescentes que têm o dom de infernizar a vida dos seus colegas.

    Volta e meia, a imprensa noticia casos em que a agressão chega a extremos, terminando na morte da vítima ou do agressor. Ou seja, o que pode parecer uma simples brincadeira de criança, piadinhas de mau gosto ou apelidos pejorativos, na verdade não têm nada de normal ou inconsequente. É um desvio de comportamento em que o agressor pratica abusos morais ou físicos, levando a vítima a se afastar do convívio dos amigos, a desinteressar-se dos estudos, abalando profundamente sua autoestima.

    Em tempos atuais, com os avanços da tecnologia e o acesso generalizado a computadores e celulares, essa prática nefasta ultrapassou o muro das escolas, dando origem ao chamado Cyberbullying. Infiltrado pela Internet, através do correio eletrônico, dos blogs, do Orkut, MSN etc., o agressor dissemina sua raiva e infelicidade, algumas vezes identificado, outras fazendo-se passar por outra pessoa ou escondendo-se atrás de um nick, enviando mensagens ofensivas a outras crianças ou jovens, difundindo fotos comprometedoras, alterando o perfil das vítimas, incitando terceiros a reforçar o ataque, com o claro propósito de humilhar, assustar, constranger, isolar aquele considerado mais fraco ou diferente, um alvo fácil para aquele que precisa derrubar alguém para sentir-se forte, ser mais popular no grupo, esconder suas próprias fraquezas atacando as dos outros, fazendo-os infelizes como ele. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência.

    O mais grave dessa situação é que a vítima, na maior parte das vezes, não sabendo como reagir, com medo de piorar sua situação, acaba se isolando, sofrendo sozinho, sem pedir ajuda a ninguém. Justamente numa época da vida em que o adolescente está definindo sua personalidade e que a opinião do grupo é fundamental como parâmetro de aceitação e admiração, ele se vê indefeso e profundamente magoado. Este tem sido um desafio para muitos pais e professores que se veem diante de um desvio de comportamento que tantos danos é capaz de causar, sem saberem como evitar que isso aconteça.

    O que pode ser feito?

    O que pode e deve ser feito nessas circunstâncias é, antes de tudo, prevenir os filhos quanto a essa possibilidade e orientá-los no sentido de que mantenham distância do agressor e seus ataques, sem responder às provocações e alimentar ainda mais sua raiva, pois é justamente isso que ele espera da vítima. Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Embora sofrido, esse momento pode se tornar uma oportunidade para o jovem agredido lidar com os próprios complexos, e superar - com a ajuda das pessoas queridas - uma situação de confronto, ampliando seus recursos internos.

    Outra recomendação a ser enfatizada aos jovens é evitar sempre a exposição excessiva na Internet: não divulgar seus dados pessoais, ou de seus familiares ou fotos, tomando cuidados com essas divulgações até mesmo nas conversas com amigos. Enfim, a inclusão no mundo virtual – como no presencial – implica em correr riscos, e é preciso mostrar aos filhos como percorrer seus caminhos.

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