quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
*CRESCIMENTO*
sábado, 28 de abril de 2012
*RELATO*
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
*ESTRADA*

domingo, 6 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
*BUSCA*

domingo, 18 de julho de 2010
*QUADROS*(Homenagem a Profª Norma Takeuti)

"Morre todos os dias muitas pessoas simbolicamente:
Pela castração de pensamentos, de movimentos, de idealizações, de paixões e etc.
Eu chamaria de morte matada este tipo de assassinato e não de morte morrida, a qual chamaria a morte acontecida de fato.
Te pergunto:
Qual a pior morte?
Morte morrida ou morte matada?
Como queres viver?
Morto vivo ou Vivo morto?
Isto aqui não é uma brincadeira popular, deixemos as crianças na ludicidade e vamos refletir esta questão como adultos que somos.
Será que ser vivo é apenas estampar a cadeira em uma universidade depois de tomar um banho quente, se perfumar 'a La francesa' e vestir um jeans 'diesel'?
É muito incompreensível para mim compreender que um ser passe nove meses para nascer e que ainda depois de nascido passe por várias experiências em todo seu processo de desenvolvimento apenas para estampar um quadro na parede social.
Não viemos ao mundo para sermos personagens de um livro autobiográfico exclusivamente.
Não viemos com uma história contada e acabada.
Somos personagens ativos de outros autores e escritores não somente do 'eu', mas do 'nós'.
Está na hora de sair do quadro, é preciso cansar da monotonia engessada da estampa, não somos 'obras de arte', não podemos ser vendidos, trocados ou guardados em museus.
Quero ouvir vozes incontroláveis de indignação, protestos e dúvidas.
Sinto a necessidade de enxergar corpos que falem singularmente e não pluralmente, indiferentes aos vômitos dos meios de comunicação de massa.
Vamos deixar de ser vivo morto, a nossa missão no universo não é somente de 'existir', mas 'resistir' diariamente a insistência da sociedade em nos assassinar lentamente.
Somos vítimas de um crime sem julgamentos, sem justiça e sem direitos.
Estamos jogados em prisões com corações amarrados e sentimentos atados.
A liberdade está do outro lado da porta e se não abrir não tem mais volta
E te afirmo:
A chave está em cada um de nós.
Vasculhe...
Limpe...
Passe horas desarrumando e arrumando o que tem dentro de você.
Jogue fora tudo que não te serve mais
Se liberte!!!
Já parou para pensar que o assassino está solto enquanto você está preso?
Até quando??? "
(Julieta Menezes)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
*LAMENTO SOLITÁRIO*

"Sou como uma veia de metal fria
percorrendo uma rua solitária...
Talvez eu esteja escondida no meio das montanhas...
meus pés se arrastam por um solo bruto e quente::
Estou perdida em um abismo ilimitado...
em uma noite profunda e sem horizonte...
Ainda não sei sofrer como deveria::
olhos...salivas...secam...
dentes...sorrisos...pecam...
minha meta é andar... sair do lugar...
sem casa...
sem canto...
sem encanto...
Esta grande noite me assusta::
é a angústia que me oprime?
A angústia da metrópole que me enterra até o pescoço?
Enxergo corpos em toda direção
sou mais um...menos um...
diante de toda multidão!
...singular no plural
Não sou a matemática solitária::
Sou o 'só' que se perde no conjunto...
Lamento...
Sentimento...
Tormento...
Minha boca, como ferida, pede apenas que seja fechada.
...minhas mãos estão presas ao corpo como um cão indiferente.
Procuro por um grão...para dividir um pão...
Procuro por um sorriso... para dividir amigos...
Durmo sem deitar...
Castigo sem mastigar...
Coração sem lar...
Onde eu vim parar?
Não importa...
...hoje vivo sem par...
Existência pede clemência!
Sono com abandono...
travesseiro sem dono...
Insônia vazia
alegria com azia
Não importa...
sigo abrindo a porta
às vezes reta...
às vezes torta...
Será que estou morta?
...senhor mantenha-me acordada ao menos uma vez."
(Julieta Menezes)
sexta-feira, 2 de abril de 2010
*FELICIDADE* (poesia escrita no vôo do dia 21/04/09 as 5:20h)

"... a felicidade não está no cartão de crédito...
felicidade não se encontra na prótese de silicone
ela não está nem
dentro
nem
fora
nem
longe
nem
perto
ela está em VOCÊ
quer saber a verdade?
VOCÊ é a <FELICIDADE>
Não a procure em caminhos diversos
Não acredite sempre no que te dizem
Não só enxergue o que teus olhos vêem
A FELICIDADE não chegará até você
Compreendo que é difícil de entender
Amor hoje se vende
Não se sente...
Beijo se pede
Não se dá...
Por isso que é tão difícil de aceitar
Nada disso pode ser ensinado
Mas sim experimentado
A experiência nos leva ao sentimento
O sentimento nos leva ao encontro consigo mesmo
Esta é a beleza da vida
Bem...
Só posso falar por mim
Sou consciente do tempo, dos segundos e da hora...
Mas também sei que a FELICIDADE não está no amanhã
Acredite: < ela está no agora>
Ela é o momento
De puro sentimento
Jogue fora os padrões
Delete-os
Eles não servem para nada
Só para o aprisionamento
É assim que quer viver o momento?
Não escrevo absurdos
Não busco por produtos
Da árvore somos o fruto
Não entenda como insulto."
(Julieta Menezes)
quarta-feira, 24 de março de 2010
*MEU PAI*(22/03/2010)
"Hoje aprendi com meu pai...
Que o pouco é muito
Que o melhor da vida é a própria vida
Hoje aprendi com meu pai...
Que um gesto é a existência
Que o 'detalhe' faz a diferença
Hoje aprendi com meu pai...
Que respirar é mais importante que o 'abrir' dos olhos
Que o 'sorriso' é nossa telepatia
Hoje aprendi com meu pai...
Que todos são especiais
Que o amor pode crescer ainda mais
Hoje aprendi com meu pai...
Que a elegância está no caráter
Que alegria mora na alma
Hoje aprendi com meu pai...
Que obstáculos são superados
Que seus filhos são por ele amados
Hoje aprendi com meu pai...
Que a bondade nasce
Que a esperança não é a última que morre, ela simplesmente não morre...
Hoje aprendi com meu pai...
Que o amo mais do que ontem
Que amanhã amarei mais que hoje
Hoje aprendi com meu pai...
Que não existe melhor professor
Hoje aprendi com meu pai...
Que a melhor escola é o 'amor'."
(Julieta Menezes)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
*INTERVENÇÃO CORPORAL*

"Pensar em um corpo que se move é como mergulhar em um oceano de indagações inconscientes, transgredir a matéria, a carne, o que se toca.
Ser o corpo que se move, que dança, balança, inventa e reinventa não só movimentos, mas sentimentos que se transformam em forças criadoras, é como transcender a visão, seguir a pulsação do coração, este sai do centro passeia por todo corpo e se esconde nos pés do bailarino. Agora confio no meu corpo, ele é genial, me equilibra no desequilíbrio e me conscientiza no inconsciente, o corpo invertido brinca com a física; a gravidade é o desafio do êxtase, é preciso sair da lógica e do racional, da sua casa, da sua casca, nascer para você, sair em direção ao mundo, isso é se conhecer.
Ser o corpo que dança é muito mais do que pensar em um corpo que se move, o bailarino enxerga com as plantas dos pés e toca com os olhos rumo ao infinito. A visão caminha ou a vida paralisa quem não sabe andar, coloca um pé na frente do outro, quem sabe coloca um olho diante de cada pé que o move. Respiro e me desperto, danço, salto, corro, o equilíbrio está nos meus pés, lá onde o coração pulsa intenso, construído como um refúgio ou um hábitat, nasce como uma partitura musical, ângulos diferenciados, desvios calculados, a matemática do corpo busca a paz do plano, o ouvido escuta o silêncio visceral do corpo que se move, que dança e se contorce, o sensível não se esconde na carne, mas transpira por cada poro da epiderme,ultrapassando os mais ínfimos limites do humano. Danço não apenas para encantar ou me mostrar, mas para me entender, me enxergar; a alma é meu espelho, reflete não somente as curvas do meu corpo, as contrações dos meus músculos e o sorriso na minha face, mas principalmente os meus sentimentos, dos mais simples aos mais complexos, tudo é tão intenso que me aquece e me nutre até os limites mais íntimos da vida.
Ser o corpo que se move não é se prender a regras e estabelecimentos formais, é se despir emocionalmente nos contornos da rua, ao redor do meu corpo encontra-se o caos das avenidas turbulentas de ar irrespirável, espalhados por asfaltos, calçadas e esquinas. Individualizo-me na multidão, escrevo com meu corpo a minha história. A carne, o sensível, o corpo é meu saber, aprendo o sentido da vida com cada movimento que dança em mim, nenhuma regra, nenhuma ordem pode atrapalhar minha 'felicidade cultural', carregada de sabedoria e sagacidade, sem lógica, sem cálculo, dispondo apenas de um espaço de paz, nossos corpos ainda podem ser acolhidos livremente pelo forte vento e pelo grande sol neste ano de 2010. Se meu corpo se entrelaça com os espaços urbanos que se multiplicam constantemente, meu tempo se enlaça com os tempos da terra, da evolução e da história, quantos dias e noites minha carne constituída de verbo, ora música, ora dança, permanecerá dançando em equilíbrio instável sobre todas suas partes, segura e insegura, pontiaguda e cortante ao sabor desta imensa vida que vibra nos contornos do universo em movimento? Quanto ao meu corpo que dança não lamento ter sofrido nenhuma queda, hematoma, corte ou medo, a sensação guia a vida, vivo intensamente a alegria, a dor, a agonia e a aflição dos gritos ensurdecedores.
Ser o corpo que se move é sobreviver à cegueira da humanidade, ele não se ilude, mas silencia, ele diz a verdade, mas nós a ouvimos mal. Fugir da dor? Do medo?
O corpo não pode ser covarde, a coragem é a qualidade do 'guerreiro', a dor faz do meu corpo o que sou hoje, sou o que danço. Na 'escola da vida' meu corpo vai as ruas, voa e aterrissa, em cada 'intervenção' mergulho na aprendizagem dos gestos, na escuridão do meu sangue, nos pensamentos que não penso;saber é esquecer. O movimento ágil e a passagem para ação exigem um certo tipo de inconsciência, pois assim habito melhor meu corpo e posso comandá-lo, esqueço dele, pelo menos em parte. O corpo que dança não pode ser ausente, um transparente mudo, um ponto do mundo sem lugar, um não-eu, preciso sentir meu corpo se desarticular, o músculo se afastar, preciso ouvir os lamentos do meu corpo para chegar ao silêncio, preciso infinitamente 'dançar'!"
(Julieta Menezes)
sábado, 21 de novembro de 2009
*LAMENTO*

"Por hoje eu só lamento/
De ver tantas pessoas infelizes/
Rostos vazios/
Expressão passiva/
Enxergo medo.../
Desespero.../
Apelos.../
Por hoje eu só lamento/
Das pessoas não sentirem/
O que eu sinto.../
Entristeço-me não só/
Com a sujeira no chão/
Mas principalmente com os restos/
De lixo acumulados no coração.../
Por hoje eu só lamento/
Pela água que não te limpa/
Pela comida que não te alimenta/
Pela vida que não sentes/
Só preciso de espaço/
Para ser quem eu sou/
Para sentir o sabor/
Não da tua comida/
Mas o gosto da vida/
Hoje eu só lamento/
O concreto que te sufoca/
A televisão que te engole/
E a ambição que te persegue/
Feliz daquele que sente/
O cheiro do vento/
A melodia das flores/
E o sabor do pensamento.../
Feliz daquele que tem/
O olhar de uma criança/
E a sabedoria de um velho/
Feliz daquele que consegue/
Enxergar o amor/
Nas profundezas do olhar/
Sem precisar mergulhar.../
Por hoje eu só lamento/
Não ter pagado as minhas contas/
Fingir viver em um faz de conta/
De não poder ir embora/
Sem se preocupar com a hora/
Por hoje eu só lamento/
Ter que lamentar/
Ter que chorar/
Ter que me olhar/
E não conseguir me perdoar. "
(Julieta Menezes)
sábado, 31 de outubro de 2009
*CONCRET JUNGLE* (TRADUÇÃO)
Primeira trilha da 'Intervenção Urbana', sinceramente não imaginava outra música para expressar através da dança meu sentimento em relação ao caos urbano que vivemos hoje... É inspirada na letra de Bob Marley, cantada por minha amiga Carol, que surge o projeto "Intervenção urbana", no qual grito corporalmente todos os fantasmas que transitam nesta selva de concreto...
*Selva de Concreto* Nenhum sol vai brilhar no meu dia hoje |
A alta lua amarelada não sairá pra brincar |
A escuridão tem coberto minha luz |
E transformou meu dia em noite |
Agora onde o amor está? E pode ser encontrado? |
Alguém vai me contar? |
Pois a vida, doce vida, deve estar em algum lugar para ser encontrada |
Ao invés de selva de concreto onde viver é tão mais difícil! |
Selva de concreto, |
Cara, você tem de dar tudo de si |
Mesmo sem correntes nos pés, |
Não estou livre... |
Sei que estou aqui preso em cativeiro |
Jamais conheci a felicidade |
Nunca soube o que é uma doce carícia |
Vou sempre gargalhar como um palhaço |
Ninguém vai me socorrer por que |
Devo me erguer sozinho deste chão |
Nesta selva de concreto |
Eu digo o que você tem agora para mim? |
Selva de concreto, Ah porque você não me deixa SER agora... |
(BOB MARLEY)
domingo, 18 de outubro de 2009
*MADRUGADA*

"Entro madrugada adentro
as horas vão se passando,
mas não quero dormir
Eles estão todos aqui
uma grande reunião de sentimentos
resolveram vir todos de uma vez só
Como é possível as lágrimas rolarem de tristeza e de alegria,
de claridade e de escuridão,
de culpa e de compreensão,
de medo e de esperança...
Quero gritar
um grito silencioso...
pois, que ouvido irá compreender
o que este coração enlouquecido
clama...
anseia...
pelo socorro
que parece estar em nenhum lugar...
Olha para todos os lados
mas a solidão prevalece
ao ver que ninguém pode ouvir
todos estão tão longe...
Não posso dormir
não quero acordar dentro do mesmo vazio
repetindo as mesmas coisas
quero morrer e renascer a cada dia
Não posso dormir
tenho receio de me acalmar
de não mais sentir esta loucura
de acordar e continuar dormindo
como todos que vivem aquela mesma coisa repetida, sem vida
como máquinas direcionadas por um sistema...inconscientes...
Não, não quero dormir!
eles estão todos aqui
não posso deixá-los ir
acordados na hora em que o corpo iria dormir
este, que agora tratará de agüentar
esses visitantes barulhentos
que desarrumam toda a casa
Os olhos a inundar todo o corpo
o corpo a se arrastar pelo chão
e o peito, quase sem respiração...
tocando fogo...
queima...
queima...
....o sol já vai chegar!"
(Caroline Prudente)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
*SILÊNCIO*

" Sofro o sofrido
Sofrido do silêncio
Silêncio das palavras tuas
Ausência dos seus pensamentos
Sofro com violência
Me espanco sozinha
Me reparto ao meio
E o meio divido em pedaços
Me isolo
Me ignoro
Sofro sem preço
Hoje me entristeço
Sofro o sofrimento
Sofrido do silêncio
O sol se apagou
A lua derramou
Sentimentos
Momentos
Sentimentos
Movimentos
Te espero
Te ilumino
Te entristeço
Te reconheço
Te abraço
Sem amasso
Te amo
Sem aclamo
Sofro o sofrido
Sofrido do silêncio
Sofro o sofrimento
Choro neste momento
Sofro o perdido
Atiro-me no abismo
Esqueço-me por enquanto
Choro aos prantos
Sofro
Reconheço
Silêncio
Momento
Calo
Isolo
Durmo
Assusto
Sofro o sofrido
Sofrido do silêncio."
(Julieta Menezes)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
*DANÇO*
"Vivo
o balanço da dança
Danço o meu momento
Enquanto todos se cansam
Eu apenas danço
No balanço sigo o sentimento
Sinto o que está por dentro
Me satisfaço com o movimento
Mostro meu talento
Sou a carne crua
Sou a esperança nua
Sou a artéria que pulsa
Na velocidade avulsa
Transformo sombra em luz
Escuridão em imensidão
Lento em rápido
Tristeza em alegria
Sei da minha potência
Sei o sabor da minha existência
Sofro pela humanidade
Quero toda a verdade
Sou o caminho sem volta
Sou o vento que sopra
Sou o silêncio da conversa
Agora na sua porta
Sou o olho que cheira
Sou o cheiro que sente
Sou o ouvido que gosta
Sou o sentido que mente."
(Julieta Menezes)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
*RAINBOW*
"Agradeço a família 'arco-íris'
por contribuir para meu renascimento
Buscando viver cada momento...
Agradeço a família 'arco-íris'
que não coloriu apenas a minha íris
mas todo meu coração...
Sei que não preciso agradecer
mas agradeço a cada amanhecer
pelo meu novo viver...
jamais irei adoecer ...
pois todas as cores estão no meu ser...
O que mais irei querer?" (Julieta Menezes)
Obs:Esta é minha homenagem a grande e bela família que fiz durante a viagem até 'Alto Paraíso',
este vídeo não é só a lembrança do meu último dia na aldeia, mas o significado mais puro da existência...
Namastê.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
*FOGO*

Obs: Esta postagem foi escrita no 1º blog no dia 24/08/09 e a pedidos está aqui no 'retorno', incluindo todos os comentários...
"Cada cabeça um mundo um "CARALHO",
cada cabeça é a prova concreta da dominação humana,
do descaso e da prostituição barata e perversa,
ser professor não é fácil,
é ser um fogo ardente diante de
centenas de instintores em sua volta,
longe de mim ter a pretensão deincendiar o mundo,
mas no mínimo de tocar fogo nas pessoas que estão ao
meu lado, meus alunos, minha família!
Meu fogo deve se propagar,
este é o significado mais transcendental do FOGO,
jamais permitirei que
apaguem meu fogo,
APAGUEM meus princípios,
APAGUEM meus sentimentos,
APAGUEM a minha vida!
Prefiro morrer queimada do que permitir que matem-me APAGADA!
E se conseguir tocar fogo em um, dois, três seres do universo,
Matem-me,
pois meu fogo já se propagou e por mais que não esteja neste pequeno planeta TERRA,
minha chama já se instalou!
JULIETA MENEZES
terça-feira, 28 de julho de 2009
*SISTEMA*

::Este pensamento foi escrito no susto de chegar a capital depois de 10 dias vivendo na e da natureza...::
" Estou cansada deste sistema
Que te engole até os dentes
O abraço está escasso
O beijo?? Só se for o 'falso'
Todos correndo contra o tempo
Prefiro voar a favor do vento
O tempo para mim é movimento
Não o vejo como um tormento
Todos pensando em somar dinheiro
Mas ninguém divide seu saleiro
E eu o que faço?
Me somo com eles?
OU
Me mato?
Não venha me engolir
Não nasci só pra ouvir
No mundo estou presente
Não só vivo
Mas compartilho
Não só respiro
Mas transpiro
Estou cansada deste sistema
Onde tudo é um problema
Mas ninguém cura o edema
Não quero ouvir palavras
Quero enxergar atos
Chega de maltratos!
Não apontem os erros
Não julguem os defeitos
Expirem os acertos
Joguem fora os 'direitos'
Encontre o seu 'centro'
Abra a porta
Abrace o sol
Seja VOCÊ
E não o que vê
Seja coração
E não só razão
Estou cansada deste sistema
Capitalismo doente
Atos inconseqüentes
Não quero o frio
Prefiro o quente
Desta fruta podre não me alimente
Não me prove que estou errada
Não perca seu tempo
Não adiantará nada
Acredito no saber
Na experiência do viver
A terra precisa renascer
Mas para isso antes precisa morrer
Não é difícil compreender
É só acordar e ver
O mundo está doente
Planto por dia uma semente
Que não mente
Mas sente
Que cresce
Mas não apodrece
Este é o caminho
Semeando a bondade que faz
Sigo o caminho da luz
Alegria é o que me conduz
O sistema precisa ser mudado
E não apenas moldado
Talvez seja melhor ser acabado
Para só assim ser melhorado
Que venha a 'NOVA ERA'
O passado? Sinto muito...mas JÁ ERA..."
(Julieta Menezes)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
*SHIVA*

::Garaudy escreve em seu livro ("dançar a vida") assim:
"A dança de Shiva exprime as cinco atividades divinas:
a criação do mundo - pois do ritmo da dança o universo nasceu e se expande;
a manutenção deste universo - pois o equilíbrio deste cosmos em movimento incessante só se conserva pelo ritmo da dança;
a destruição - pois as formas se destroem para que outras possam nascer infinitamente, e Shiva dança em meio às chamas dos palácios incendiados;
a reencarnação - pois a dança de Shiva mostra o percurso através de diversas vidas, para além das ilusões de existências limitadas;
a salvação, enfim,ou a libertação - última pela qual cada um toma consciência do que é por toda a eternidade:
um momento de atividade rítmica de Shiva, o deus que dança" Perfeito, não?
Julieta escreve em seus pensamentos ( "dança é vida") assim:
Sou o seu reflexo
De repente não falastes nitidamente e nem escrevestes verbalmente,
mais como sou um ser que acredita na linguagem corporal
e por meio dela nossa harmonia é universal.
Muitas vezes não precisamos das palavras,
da fala,
nem muito menos da escrita,
posso falar qualquer coisa,
ler qualquer coisa
e escrever qualquer coisa,
mais meu corpo não pode transmitir qualquer coisa,
ele é meu instrumento sentimental mais verdadeiro,
com ele que me expresso,
com ele que danço,
e a dança jamais pode ser mentirosa e falsa,
pelo menos a minha dança não poder ser dessa maneira,
nem minha dança e nem eu,
pois eu sou a dança,
assim como Shiva é o Deus que dança,
meus braços se tornam vários,
minhas pernas inúmeras
e meu corpo as mais diversas danças do universo.
"O deus Shiva está em mim".
(Julieta Menezes)
sábado, 30 de maio de 2009
*HOJE*

"A lua aparece ................... o dia escurece
Vejo anjos de asas cortadas
Tanto chão
Tanta terra
Tanto nada
A lua aparece ............ o dia escurece
Vejo anjos de asas cortadas
Pouco céu
Pouco véu
Pouco mel
Hoje quero voar bem alto
Quero ficar bem longe do asfalto
Quero toda minha liberdade
Chega de ansiedade
Nada de trabalho
Ser 'escravo '?Um 'caralho'
Quero a felicidade
Não vou esperar ter mais idade
O 'HOJE' é minha verdade
O 'passado' só traz boas lembranças
E do 'futuro' só resta à esperança
Mas o 'HOJE' é a minha dança...
Uma dança sem marcação
Uma dança com ação
Fluindo na contramão
Da lógica
Da semiótica
Uma dança:
Sem compasso
Sem espaço
Danço a 'dança da vida'
Sem ida
Sem saída
O 'HOJE' é a felicidade
Pois esta tem validade
HOJE voarei bem longe
Onde o infinito se esconde
Nas águas irei dançar
Na natureza morar
Para ninguém me achar..."
(Julieta Menezes)